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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nem a febre de terça-feira à noite parou Dirk Nowitzki

"Para todos aqueles que não acreditavam durante este caminho, só tenho uma coisa a dizer. Nunca subestimem o coração de um campeão." A frase do treinador Rudy Tomjanovich depois do segundo título dos Houston Rockets, em 1995, entrou para a história da NBA.

Dirk Nowitzki está na liga desde 1998 e nunca foi campeão. Mas isso não quer dizer que deva ser subestimado. Na final contra Miami, o extremo está a ser a grande figura de Dallas. Nos três primeiros jogos, tinha uma média de 28,3 pontos e 10 ressaltos. Individualmente, as estatísticas pareciam perfeitas mas eram os Heat que entravam para o jogo de terça-feira à noite em vantagem, por 2-1.

O alemão era, mais uma vez, a grande esperança dos texanos. Em 124 minutos disputados pelo extremo, apenas Udonis Haslem tinha sido capaz de o travar. O início do jogo foi bom, com seis pontos em três lançamentos, mas ter convertido apenas um nos 11 seguintes fez transparecer que algo não estava bem. A confirmação veio pouco depois: Nowitzki estava com quase 39 graus de febre.

As notícias não poderiam ser piores para os Dallas Mavericks. O grande talento da equipa estava limitado, com poucos pontos, muitos lançamentos sem sucesso e, pela primeira vez na final, um lance livre falhado (33 em 34 após quatro jogos). De um momento para o outro era a testa de Nowitzki que estava on fire e não as mãos. "Ele não estava bem. Quando chegou para o jogo, nem conseguia falar. Sempre que o tentava, começava a tossir. Estava sempre a fungar", explicou Tyson Chandler no final.

O início do quarto período transformou o jogo. Os Heat venciam por quatro e o alemão tinha apenas 11 pontos. Tudo estava a correr mal aos Mavericks mas conseguiu piorar depois de Mike Miller fazer um triplo e Udonis Haslem aumentar a vantagem para nove pontos, a pouco mais de dez minutos do fim. Durante toda a série, os Mavericks habituaram-se a recuperar de grandes desvantagens, mas nunca o cenário tinha sido tão negativo como na madrugada de ontem. Porém, como dizia Tomjanovich, o coração de um campeão nunca deve ser subestimado. Nowitzki não é campeão mas é como se fosse. E foi ele que, com dez pontos nesse período, catapultou os Mavericks para mais uma reviravolta, garantindo o empate na final a dois jogos.

Dallas tinha-o conseguido novamente. Tal como no primeiro triunfo, tinha recuperado de uma desvantagem no último período para chegar à vitória. E desta vez LeBron James tinha sido impotente, quebrando uma série de 433 jogos consecutivos a marcar pelo menos dez pontos (fez apenas oito). E o herói, Nowitzki, espera derrotar a febre depois de ter aplicado o mesmo remédio aos Heat: "Vou estar bem na quinta-feira [o jogo 5 é esta noite]. Se tudo correr bem, vou conseguir dormir, tomar os medicamentos e estar pronto para a partida." Dallas agradece.

Febre? Febre é para os meninos e Nowitzki não virou a cara à luta rumo à segunda vitória na final

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